<font color=0093dd>Quebrar amarras</font>
Pedro Guerreiro, do Secretariado, abordou os aspectos relacionados com a sexta direcção da política patriótica e de esquerda: a soberania e a afirmação do primado dos interesses nacionais. Para o dirigente do Partido, a política de direita encontrou na submissão à União Europeia «um dos seus sustentáculos fundamentais», com todas as limitações à soberania nacional que tal decisão acarretou. Ela associou-se, também, à ingerência e guerra imperialistas, conduzidas pelos EUA e a NATO, comprometendo igualmente dessa forma o futuro do País.
Assim, concluiu Pedro Guerreiro, «se a política de direita tem no condicionamento da soberania e na dependência nacional um dos seus pilares fundamentais, a ruptura com essa política e a política alternativa de esquerda que se impõe têm que, necessariamente, estar sustentadas na afirmação e pleno exercício da soberania e independência nacionais». Ou seja, a política de esquerda «ou é patriótica ou não o será». Para o membro do Secretariado, esta dimensão patriótica «é indissociável, integra e está presente nos múltiplos eixos e orientações da política alternativa».
A alternativa patriótica e de esquerda que se impõe, acrescentou Pedro Guerreiro, «tem necessariamente que romper com a crescente dependência e subordinação externa do País e, consequentemente, com a conivência e subserviência face à União Europeia e à NATO e, em geral, com a política de submissão aos interesses do imperialismo». A adopção de uma política soberana é uma componente decisiva de qualquer verdadeira alternativa.
A libertação do País dos chamados «critérios de convergência nominais» e das imposições supranacionais, a convergência com outros países vítimas de processos de especulação e ingerência, a luta pela dissolução da União Económica e Monetária, a preparação do País para a saída do euro e a renegociação da dívida, a revogação do Tratado Orçamental são questões determinantes para defender os interesses do País.
O PCP, lembrou Pedro Guerreiro, «opõe-se ao processo de integração capitalista europeu, luta para romper com tal processo e libertar o País das amarras de dependência e de subordinação, afirmando o direito soberano inalienável de Portugal e os portugueses definirem o seu próprio caminho de desenvolvimento». A dissolução da NATO é outro objectivo crucial.